Essa é uma pergunta que sempre vem à minha cabeça, especialmente depois de alguns atendimentos mais densos psicologicamente.
Normalmente, em atendimentos fisioterapêuticos, cuidamos de dores, curamos, escolhemos técnicas, mas sempre junto a tudo isso, existe um lugar de escuta muito importante. O lugar de escuta é mencionado sempre como essencial importante no campo da psicanálise, mas muitas vezes na fisioterapia ele não é apreciado. E deveria!
Ao iniciar uma sessão, antes mesmo de avaliar fisicamente o paciente, a pergunta “E aí, como você está hoje?” pode direcionar o profissional para o melhor tratamento, com que emoção estamos lidando e qual tipo de acolhimento aquela pessoa precisa naquele dia.
Se sentir cuidado pode ser raro hoje em dia. Ter alguém atento ao que você sente, se importando e buscando soluções para fazer com que você se sinta melhor, já ajuda muito. E quando o paciente chega numa sessão de fisioterapia confiante que encontrará esse lugar, as chances desse cuidado integral e não somente físico funcionar, aumentam muito.
Olhar o corpo, ouvir sobre emoções, checar dores, e só então escolher de que forma trabalhar. Assim se faz, na nossa opinião, um bom trabalho fisioterapêutico, de um jeito integral, olhando o indivíduo e não uma patologia.
Assim, o objetivo é sempre cuidar da pessoa, e como diria Patch Adams “Ao cuidar de uma doença você pode ganhar ou perder. Ao cuidar de uma pessoa você sempre ganha.”
